Sídhe,
sìth ou
sidh é uma palavra
irlandesa e
escocesa que se referia inicialmente a colinotas ou montes de terra, os quais se imaginava como o lar de um povo sobrenatural vinculado às
fadas e
elfos de outras tradições, e posteriormente, a estes próprios habitantes. Dos Sídhe acreditava-se serem os
ancestrais, os espíritos da natureza ou as próprias
divindades.
Posteriormente, muitos passaram a encarar os Sídhe como uma versão literária dos
Tuatha Dé Danann (os deuses e heróis
divinizados da
mitologia irlandesa). Na crença e prática popular, os Sídhe são freqüentemente reverenciados com oferendas e toma-se cuidado para que eles não fiquem irados. Deles usualmente se fala através de eufemismos como "Os Bons Vizinhos", "O Povo das Fadas", "Os Nobres" ou simplesmente, "O Povo", na esperança de que se os humanos os considerarem gentis, provavelmente eles assim o serão. Nesta acepção, os nomes mais comuns para eles são
Aes Sídhe,
Daoine Sídhe e
Duine Sìth, os quais significam, literalmente, "Povo de Paz".
Banshee ou
bean sídhe, significa simplesmente "mulher dos Sídhe". Todavia, a expressão passou a indicar especificamente as mulheres sobrenaturais da
Irlanda que anunciam uma morte iminente com seus gritos e lamentos. Sua contraparte na mitologia escocesa é a
Bean Nighe – a lavadeira que é vista lavando as vestes ou a armadura ensanguentada da pessoa fadada a morrer. Outros nomes comuns são "
Leanan sídhe" - a "fada amante"; o
Cait Sidhe – um gato encantado e o
Cu Sith – cão encantado. Os "
sluagh sídhe – "a hoste das fadas" – são algumas vezes representados no folclore irlandês e escocês como espíritos que se movem pelo ar como bandos de pássaros. São de natureza desagradável e talvez representem os mortos amaldiçoados, maléficos ou sem descanso.