Revolução Francesa (, 1789-1799) foi um período de intensa agitação política e social na
França, que teve um impacto duradouro na
história do país e, mais amplamente, em todo o
continente europeu. A
monarquia absolutista que tinha governado a nação durante séculos entrou em colapso em apenas três anos. A sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios
feudais,
aristocráticos e religiosos evaporaram-se sobre um ataque sustentado de grupos políticos radicais de
esquerda, das
massas nas ruas e de camponeses na região rural do país. Antigos ideais da tradição e da hierarquia de monarcas, aristocratas e da
Igreja Católica foram abruptamente derrubados pelos novos princípios de
Liberté, Égalité, Fraternité . As casas reais da Europa ficaram aterrorizadas com a revolução e iniciaram um movimento contrário que até 1814 tinha restaurado a antiga monarquia, mas muitas reformas importantes tornaram-se permanentes. O mesmo aconteceu com os antagonismos entre os partidários e inimigos da revolução, que lutaram politicamente ao longo dos próximos dois séculos.
A
Primeira República Francesa foi proclamada em setembro de 1792 e o rei Luís XVI
foi executado no ano seguinte. As ameaças externas moldaram o curso da revolução. As
guerras revolucionárias francesas começaram em 1792 e, finalmente, apresentaram espetaculares vitórias que facilitaram a conquista da
Península Itálica, dos
Países Baixos e da maioria dos territórios a oeste do
Reno pela França, feitos que os governos franceses anteriores nunca conseguiram realizar ao longo de séculos. Internamente, os sentimentos populares radicalizaram a revolução significativamente, culminando com a ascensão de
Maximilien Robespierre, dos
jacobinos e de uma ditadura virtual imposta pelo
Comitê de Salvação Pública, que estabeleceu o chamado
Reino de Terror entre 1793 e 1794, período no qual entre 16 mil e 40 mil pessoas foram mortas. Após a queda dos jacobinos e a execução de Robespierre, o
Diretório assumiu o controle do Estado francês em 1795 e manteve o poder até 1799, quando foi substituído pelo Consulado em 1799, sob o comando de
Napoleão Bonaparte.