República de Weimar, ou na sua forma portuguesa
Veimar, é o nome por que é conhecida a
república estabelecida na
Alemanha após a
Primeira Guerra Mundial, em
1919, e que durou até ao início do regime
nazi, em
1933, tendo como sistema de governo uma
democracia representativa semi-presidencial. O
Presidente da República nomeava um
chanceler que era responsável pelo poder executivo. Quanto ao poder legislativo, era constituído por um parlamento federal (
Reichstag) e por parlamentos estaduais (
Landtag). O nome oficial da Alemanha continuou, sob a República, a ser
Deutsches Reich (literalmente,
Império Alemão). Este período tem o nome de
Weimar pois foi nesta cidade Alemanha central (
Turíngia) que reuniu desde
6 de fevereiro até
11 de Agosto de 1919, data da aprovação da nova constituição, a assembleia nacional constituinte da República.
As circunstâncias em que foi criada a República de Weimar foram muito especiais. Prestes a perder a Primeira Guerra Mundial, a liderança militar alemã, altamente autocrática e conservadora, atirou o poder para as mãos dos democratas, em particular o SPD, que acabou por ter de negociar a paz (ou seja, a derrota na guerra). Com isso, ficava no ar o saudosismo de uma nação outrora poderosa, nos tempos do imperador, em comparação com a nova realidade democrática, cheia de derrotas e humilhações. Sebastian Haffner chamou-lhe uma "república sem republicanos". Kurt Tucholwski chamou-lhe: "o negativo de uma
monarquia, que só não o é porque o monarca fugiu" (o imperador
Guilherme II viu-se obrigado a abdicar).
Face a essa situação política, que alguns compararam a um presente envenenado à democracia, acabou por lançar os fundamentos que permitiram mais tarde a
Adolf Hitler posicionar-se como o arauto de um regresso ao passado imperial e antidemocrático da Alemanha e implantar o
nazismo.