Os
Reinos Mossi foram numerosos estados complexos na
era Moderna que dominaram a região do alto do
rio Volta (ocupado pelo atual território de
Burkina Faso) durante centenas de anos. Foram fundados por volta do
século XI, quando os guerreiros da área de
Dagomba (norte do que se conhece hoje como
Gana) migraram para a área dos rios Volta
Volta Negro,
Volta Branco e
Volta Vermelho e impuseram sua aristocracia guerreira aos povos nativos. Eles casaram com as mulheres locais, e seus filhos foram chamados Mossi.
Consolidando a centralização dos poderes políticos e militares ao longo dos dois séculos seguintes,
mossis criaram vários reinos com excelente nível de organização, sendo considerados os dois mais poderosos reinos
Yetanga e
Uagadugu. Os monarcas desse último grupo, por exemplo, eram eleitos entre membros da família real e por quatro funcionários (cuja função seria equiparável a ministros) que se encarregavam de buscar um equilíbrio entre a aristocracia mossi e o
povo mande. Esse sistema de eleição perdurou até o
século XX. Apesar dessa dispersão aparente, todos reconheciam a autoridade espiritual e política do Moro Naba (chefe mossi), que comandava um conselho de 16 funcionários (ministros).
Mossis e mandês resistiram às tentativas de absorção pelos impérios
Mali e
Songhai e, mais tarde, às invasões
fulanis dos séculos
XVIII e
XIX, mas após sucessivas incursões militares entre
1895 e
1904 do
Império Francês, que estabeleceu a colônia do
Alto Volta francês, em grande parte utilizando a estrutura administrativa Mossi ao longo das muitas décadas de dominação imperialista.