O
Reino Visigótico foi um
Estado germânico fundado pelos
visigodos que ocupou o sudoeste da
Gália (atual
França) e a
península Ibérica dos séculos V-VIII. Sucessor do
Império Romano do Ocidente, foi originalmente criado quando os visigodos sob o rei
Vália foram assentados pelos romanos na província da
Aquitânia e começaram a se expandir em direção à península Ibérica. O reino manteve-se independente do
Império Bizantino, que tentou restabelecer no a autoridade romana na Hispânia. Pelo , o território do reino na Gália foi perdido para os
francos, salvo a estreita faixa costeira da
Septimânia, mas o controle visigodo da Ibéria foi assegurado até o final do século com a submissão do
Reino Suevo e dos
vascões. Muito do Reino Visigótico foi conquistado pelo
Califado Omíada em 711, com apenas as porções do extremo norte da Espanha permanecendo nas mãos dos nativos. Estas terras deram origem ao
Reino das Astúrias com um senhor local chamado
Pelágio sendo aclamado príncipe pelos asturianos.
Os visigodos e seus primeiros reis eram
cristãos arianos e entraram em conflito com a
Igreja Católica, mas após se converterem ao
cristianismo niceano, a Igreja exerceu enorme influência em assuntos seculares através dos
Concílios de Toledo. Após se converterem em 589, a
língua gótica, que estava em franco declínio devido ao gradual desaparecimento dos visigodos, que haviam miscigenado com a população hispano-romana, perde sua função como língua eclesiástica. Os visigodos também desenvolveram um código de leis altamente influente na
Europa Ocidental chamado
Código Visigótico (
Liber Iudiciorum em latim), que tornou-se a base para o direito espanhol através da
Idade Média.