Vivendo presas ao caule ou raízes de árvores, estas plantas parasitam preferencialmente as plantas do género
Tetrastigma, da família das
vitáceas. As suas raízes, transformadas em filamentos endófitos semelhantes ao
micélio de um
fungo, penetram profundamente nos tecidos do caule e raíz da planta hospedeira, da qual extraem os nutrientes de que a raflésia necessita para o seu desenvolvimento. Durante a maior parte da sua existência a raflésia reduz-se a feixes de tecidos intercalados entre os tecidos da planta hospedeira, apenas emergindo do seu
ritidoma quando forma o
gomo que origina a
flor. A flor pode demorar até 10 meses para atingir a maturação, permanecendo aberta apenas durante algumas horas ou dias.
As raflésias são compostas quase totalmente pela sua
flor, considerada a maior do mundo, já que não têm
folhas e o seu
caule está reduzido a um curto segmento não ramificado, uma simples cúpula basal, que suporta directamente a flor. A flor é gigantesca, podendo esse órgão medir numa planta adulta entre 60 cm (
Rafflesia hasselti) e 106 cm (
Rafflesia arnoldii) de diâmetro, pesando entre 7 kg e 10 kg. Mesmo a espécie que produz a flor mais pequena do género, a
R. manillana, produz flores com mais de 20 cm de diâmetro. As flores têm formato circular, com cinco
pétalas. A cor das pétalas varia do rosado ao vermelho vivo, salpicada de manchas brancas.