O
Pulsar do Caranguejo (PSR B0531+21 ou PSR J0534+2200) é uma
estrela de nêutrons relativamente jovem localizada na
Nebulosa do Caranguejo, descoberto em
1969. O
pulsar tem aproximadamente 25 km de diâmetro e os "feixes" do pulsar giram uma vez a cada 33 milisegundos, ou 30 vezes por segundo. O vento relativístico transbordante da estrela de nêutrons gera emissão síncrotron, que produz a maior parte da emissão da nebulosa, desde
ondas de rádio a
raios gama. A característica mais dinâmica na parte interior da nebulosa é o ponto onde o vento equatorial do pulsar atinge a nebulosa que o cerca, formando um
choque de terminação. O formato e a posição desta característica muda rapidamente, com o vento equatorial aparecendo como uma série de características parecidas com nuvens que imergem, tornam-se brilhantes e então, empalidecem, à medida que se movem para longe do pulsar em direção ao corpo principal da nebulosa. O período de rotação do pulsar está desacelerando na taxa de 38 nano-segundos por dia devido às grandes quantidades de energia levadas pelo vento do pulsar.
A
Nebulosa do Caranguejo freqüentemente é utilizado como uma fonte de calibração na
astronomia de raios-X. Ela é muito brilhante nos
raios-X e sabe-se que a
densidade de fluxo e o
espectro são constantes, com a exceção do pulsar em si. O pulsar fornece um forte sinal períodico que é usado para conferir a regulagem de tempo dos detectores de raios-X. Na astronomia de raios-X, 'Caranguejo' e 'miliCaranguejo' são usados, às vezes, como unidades de densidade de fluxo. Um milicaranguejo corresponde à densidade de fluxo de cerca de 2,4x10
-11 ergs s
-1 cm
-2 na banda de raios-X de 2-10 keV para um "espectro de raios-X do Caranguejo", que é aproximadamente uma função potencial da energia do fóton,
I(E)=9,5 E-1,1. Pouquíssimas fontes de raios-X ultrapassam um Caranguejo em brilho.