Ao contrário das
plantas, os animais não conseguem sintetizar todos os aminoácidos de que necessitam para viver. Os aminoácidos que o organismo não é capaz de sintetizar por si próprio são denominados
aminoácidos essenciais e devem ser obtidos pelo consumo de alimentos que contenham proteínas, as quais são transformadas em aminoácidos durante a
digestão. As proteínas podem ser encontradas numa ampla variedade de alimentos de origem animal e vegetal. A
carne, os
ovos, o
leite e o
peixe são fontes de proteínas completas. Entre as principais fontes vegetais ricas em proteína estão os legumes, principalmente o
feijão, as
lentilhas, a
soja ou o
grão-de-bico. A grande maioria dos aminoácidos está disponível na dieta humana, pelo que uma pessoa saudável com uma dieta equilibrada raramente necessita de suplementos de proteínas. A necessidade é também maior em atletas ou durante a
infância,
gravidez ou
amamentação, ou quando o corpo se encontra em recuperação de um trauma ou de uma operação. Quando o corpo não recebe as quantidades de proteínas necessárias verifica-se
insuficiência e desnutrição proteica, a qual pode provocar uma série de doenças, entre as quais atraso no desenvolvimento em crianças ou
kwashiorkor.
Uma proteína contém pelo menos uma cadeia
polímérica linear derivada da condensação de aminoácidos, ou
polipeptídeo. Os resíduos individuais de aminoácidos estão unidos entre si através de
ligações peptídicas. A
sequência dos resíduos de aminoácidos em cada proteína é definida pela
sequência de um
gene, a qual está codificada no
código genético. Durante ou após o processo de síntese, os resíduos de uma proteína são muitas vezes alterados quimicamente através de
modificação pós-traducional, a qual modifica as propriedades físicas e químicas das proteínas, o seu enovelamento, estabilidade, atividade e, por fim, a sua função. Nalguns casos as proteínas têm anexados grupos não peptídicos, os quais são denominados
cofatores ou grupos prostéticos. As proteínas podem também trabalhar em conjunto para desempenhar determinada função, agrupando-se em
complexos proteicos. As proteínas podem ser
purificadas a partir de outros componentes celulares recorrendo a diversas técnicas, como a
precipitação,
ultracentrifugação,
eletroforese e
cromatografia. Entre os métodos usados para estudar a estrutura e funções das proteínas estão a
imuno-histoquímica,
mutagénese sítio-dirigida,
ressonância magnética nuclear e
espectrometria de massa.