O
orangotango (cujo nome vem de duas palavras da
língua malaia que, juntas, significam "pessoa da floresta") é um género de exclusivamente duas espécies asiáticas de
Grandes primatas. Nativo da
Indonésia e da
Malásia, os orangotangos são encontrados somente nas florestas tropicais do
Bornéu e da
Sumatra. Classificado no género
Pongo, orangotangos foram considerados uma espécie. No entanto, desde
1996, eles foram divididos em duas espécies: o
orangotango-de-bornéu (
P. pygmaeus) e o
orangotango-de-sumatra (
P. abelii). Para além disso, a espécie do
orangotango-de-bornéu está dividida em 3 subespécies. Os orangotangos também são as únicas espécies sobreviventes da subfamília
Ponginae, que também incluiu várias outras espécies como o
gigantopithecus, o maior primata conhecido. Ambas as espécies tiveram o seu genoma sequenciado e parecem ter divergido há cerca de 400.000 anos atrás. Orangotangos divergiram do resto dos
grandes primatas há aproximadamente 15,7-19,3 milhões de anos atrás.
Os orangotangos são os
primatas mais
arborícolas e passam a maior parte do seu tempo nas árvores. O seu pêlo é tipicamente marrom-avermelhado, ao contrário do pêlo dos
Gorilas e dos
Chimpanzés. Machos e fêmeas diferem em tamanho e aparência. Têm entre 1,10 e 1,40
m de
altura e pesa entre 35 e 100
kg, embora os machos adultos geralmente pesam 200
kg , o que o faz a terceira maior
espécie de
primata do
mundo, superado apenas pelo
gorila e pelo
homem, com quem partilha cerca de 97
os genes. Os orangotangos são animais territorialistas, para demarcar
território o macho dá um
grito estrondoso que avisa os outros orangotangos para não entrarem em seu território. São as espécies mais solitárias dos
grandes primatas, com laços sociáveis que só ocorrem principalmente entre as mães e seus filhos independentes, que ficam juntos durante primeiros dois anos. Por consequência os machos adultos só procuram as fêmeas uma vez por
ano, na época da
seca e acasalam frontalmente. Uma
característica sexual notável é o crescimento de "abas" nas laterais da
fronte e no
pescoço dos machos maduros, o que lhes dá um aspecto bastante peculiar.
As principais ameaças às populações de orangotangos selvagens incluem a
caça, destruição do habitat e comércio ilegal de animais para uso de estimação. Segundo os
cientistas, restam pouco mais de 100 000 orangotangos no mundo, sendo que o rápido crescimento do ritmo de
devastação permite fazer a previsão que a
extinção da espécie ocorrerá em algumas
décadas.