Os
Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) são compostos altamente estáveis e que persistem no ambiente, resistindo à degradação química, fotolítica e biológica. Têm a capacidade de bioacumular em organismos vivos, sendo
tóxicos para estes incluindo o homem. Actuam negativamente sobretudo como disruptor dos
sistemas reprodutivo,
imunitário e
endócrino, sendo também apontados como
carcinogénicos. Outra característica muito importante é o facto de serem transportados a longas distâncias pela água, vento ou pelos próprios animais. Os POPs podem ser divididos em
pesticidas (ex.
DDT,
aldrina,
toxafeno), em
Policlorobifenilos (PCBs) e
Dioxinas e
Furanos, sendo estes resultantes sobretudo de incinerações industriais e de resíduos. Os pesticidas começaram a ser usados em larga escala após a
II Guerra Mundial tanto na protecção de culturas agrícolas como em prevenção de doenças (
malária) .
O uso destes pesticidas salvou milhões de vidas ao serem utilizados para liquidar insectos transmissores de doenças, como é o caso do mosquito da malária. Contudo o efeito negativo destes compostos na agricultura bem como no ambiente, começou a ser mais evidente a partir dos anos 50. Rachel Carson em 1962, alertou para o perigo do uso desmedido de pesticidas sobretudo DDT, ao publicar o seu livro Silent Spring.