Policarpo de Esmirna foi um
bispo católico de
Esmirna do século II. De acordo com a obra "Martírio de Policarpo", ele foi apunhalado quando estava amarrado numa estaca para ser queimado-vivo e as chamas milagrosamente não o tocavam. Ele é considerado por isso um
mártir e um
santo por diversas
denominações cristãs. Policarpo havia sido discípulo do
apóstolo João, fato atestado pelo
Bispo Ireneu de Lyon, que ouviu-o discursar quando jovem, e por
Tertuliano.
A tradição primitiva que foi expandida pelo "Martírio...", ligando Policarpo em contraste com o apóstolo João que, apesar de muitas tentativas de assassinato, não foi martirizado e teria morrido de velhice após ser exilado para a
ilha de Patmos, se baseia nos chamados "Fragmentos de Harris",
papiros fragmentários em
copta datados entre os séculos III e VI. Frederick Weidmann, o editor dos fragmentos, interpreta-os como sendo parte de uma
hagiografia esmirniota num contexto de rivalidade entre as igrejas de Esmirna e
Éfeso, que
"desenvolve a associação de Policarpo a João num nível desconhecido - até onde sabemos - até a época ou depois.". Os fragmentos contudo ecoam o "Martírio..." e também divergem dele.