Planície Padana é um dos nomes do território
italiano limitado pela ipsométrica dos 100 m, que se estende de oeste a leste daquele país, entre os
Alpes a norte e os
Apeninos a sul, tendo aproximadamente no centro o
rio Pó; o adjetivo “padana” deriva do nome do rio em
latim, “
Padus”. Considerando apenas a parte a sul do
rio Ádige, muitas vezes chamada “pianura Padano-Veneta”, cobre cerca de 46 000 km2, sendo assim a maior planície da Itália; abrangendo as regiões da
Lombardia,
Veneto,
Piemonte e
Emilia-Romagna.
Apesar de corresponder apenas a cerca de um oitavo do território italiano, a planície padana albergava em 1994 quase 15 milhões de habitantes, incluindo cerca de 33% de operadores do
setor terciário e 40% dos operadores industriais de todo o país. A planície é uma bacia de
subsidência formada e alimentada por
aluviões transportadas por rios e torrentes provenientes das duas cadeias montanhosas que a limitam; as únicas exceções em termos de composição são as
colinas Béricas e
Eugâneas, no sueste da planície, que têm origem
vulcânica.
Do ponto de vista da ipsometria e da
agricultura, a planície é geralmente dividida em “alta” e “baixa”, em que a “alta planície” com aluviões mais grosseiras, logo mais permeáveis à água da chuva, deixa a superfície mais seca; a
vegetação espontânea nesta zona é a
urze, associada à
giesta e à invasiva
Robinia, que foi em grande medida substituída pela cultura dos
cereais, do
trevo e das
ervas medicinais e gastronómicas. Na “baixa planície”, a água é tão abundante que permitiu o desenvolvimento das culturas
forrageiras e, em consequência, da
carne e dos
laticínios, e das áreas
irrigadas, incluindo os
arrozais.