A
Pequena Idade do Gelo foi um período de arrefecimento que ocorreu na
Era Moderna. Os
climatologistas não estão de acordo sobre as datas de início e fim deste período. Alguns defendem que se teria iniciado no
século XVI e terminado na primeira metade do
século XIX, enquanto que outros sugerem um período do
século XIII ao
século XVII. Teria sido nos anos
1650,
1770 e
1850 que ocorreram os mínimos de
temperatura, cada um separado por intervalos ligeiramente mais quentes
[1] O período mais frio da Pequena Era Glacial parece estar relacionado com uma profunda queda nas tempestades solares conhecida como
Mínimo de Maunder.
Foi no século XVII, devido à Pequena Idade do Gelo, que os
Vikings abandonaram a
Groenlândia, cuja vegetação passou de verdejante a
tundra. A
Finlândia perdeu então um terço da sua população e a Islândia metade. Na Inglaterra, o
Tamisa gelou (pela primeira vez em
1607, pela última em
1814). No
inverno de
1780, a zona fluvial de
Nova Iorque gelou e podia-se ir a pé da ilha de
Manhattan à de
Staten Island, tendo sido bloqueadas as ligações comerciais por via marítima. Os canais holandeses costumavam ficar completamente congelados. As geleiras nos Alpes cobriam aldeias inteiras, matando milhares de pessoas, e se formou uma grande quantidade de gelo no mar, a tal ponto que não existia mar aberto em torno da Islândia em 1695.
Alguns investigadores acreditam que o
aquecimento actual do planeta corresponde a um período de recuperação após a Pequena Idade do Gelo e que a actividade humana não é um factor decisivo para a actual tendência de aumento da temperatura global. No entanto, esta tese tem oposição dos ambientalistas em razão da grande proporção da elevação da temperatura nas recentes décadas após a
Revolução Industrial.