A localização estratégica da cidade, aproximadamente a meio caminho entre o
mar Mediterrâneo e o
rio Eufrates, fez dela num ponto de paragem obrigatório para muitas das
caravanas que percorriam importantes rotas comerciais, nomeadamente a
Rota da Seda. A riqueza da cidade possibilitou a edificação de estruturas monumentais. No , Palmira era uma metrópole próspera e um centro regional, com um exército suficientemente poderoso para derrotar o
Império Sassânida em 260, durante o reinado de
Odenato, que foi assassinado em 267. Odenato foi sucedido pelos seus jovens filhos, sob a
regência da rainha
Zenóbia, que começou a invadir as
províncias romanas orientais em 270. Os governantes palmirenses adotaram títulos imperiais em 271. O imperador romano
Aureliano derrotou a cidade em 272 e destruiu-a em 273, na sequência de uma segunda rebelião fracassada. Palmira foi um centro de menor importância durante os períodos
bizantino,
Rashidun,
omíada,
abássida e
mameluco e os seus
vassalos. Os
Timúridas destruíram-na em 1440 e a partir ficou reduzida a uma pequena aldeia, que pertenceu ao
Império Otomano até 1918, depois ao
Reino da Síria e ao
Mandato Francês da Síria. O local da antiga cidade foi definitivamente abandonado em 1932, quando os últimos habitantes foram transferidos para a nova aldeia de Tadmur. As escavações sistemáticas e em larga escala das ruínas foram iniciadas em 1929. Em maio de 2015, Palmira ficou sob o controlo do
Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que destruiu vários monumentos da antiga cidade.
Etnicamente, os palmirenses eram essencialmente uma mistura de
arameus,
amoritas e
árabes, existindo também uma minoria de
judeus. A estrutura social da cidade era
tribal e os habitantes falavam
palmirense (um
dialeto ) e . Ambas as línguas foram substituídas pelo depois da
conquista árabe em 634. A cultura de Palmira, influenciada pelas culturas
greco-romana e
persa, produziu arte e arquitetura originais. Os habitantes adoravam
divindades locais e deuses e
árabes. Converteram-se ao
cristianismo durante o e depois ao
islão durante a segunda metade do primeiro milénio. A organização política palmirense foi influenciada pelo modelo
grego da
cidade-estado. A cidade era governada por um
senado, o qual era responsável pelas obras públicas e forças armadas. Após tornar-se uma
colónia romana, Palmira adotou instituições romanas antes de adotar um
sistema monárquico em 260. Os palmirenses, conhecidos como mercadores, estabeleceram colónias ao longo da Rota da Seda e operaram em grande parte do Império Romano.