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EOKA - Ethniki Organosis Kyprion Agoniston, em português
Organização Nacional de Combatentes Cipriotas, foi uma organização
nacionalista grecocipriota que lutou para a expulsão das tropas do
inglesas da ilha do Chipre, para a autodeterminação e para a união com a
Grécia, em meados dos anos 1950. Os seus primeiros membros provinham de duas organizações fundadadas por Makarios: União dos Jovens Cristãos Ortodoxos (OXEN) e Organização Juvenil Pan-Cipriota Enosista (PEON). A organização foi dirigida por
Georgios Grivas, coronel que se distinguiu durante a
Segunda Guerra Mundial e a
Guerra de independência da Grécia subsequente. Grivas asumiu o nome de guerra "Digenis" em honra do lendário bizantino Digenis Akritas, que impediu as invasões do Chipre durante a Idade Média. A EOKA foi apoiada clandestinamente pelo Governo grego através de armas, dinheiro e propaganda nas estações de rádio de
Atenas.
A sua campanha de guerrilha começou em
1954 sobre as instalações militares e civis britânicas e sobre os colaboradores grecocipriotas e turcocipriotas, informadores,
comunistas e membros da formação paramilitar turcocipriota TMT (Mukavemet Teskilati). Acima de 30.000 tropas britânicos foram destacados para combater a organização, tendo oficialmente perdido a vida 104 homens desse destacamento. No entanto, suspeita-se que o número real de soldados, de administradores britânicos e do corpo policial perdido é, pelo menos, três vezes superior ao confirmado.
A actividade da EOKA durou até
24 de Dezembro de
1959, quando um cessar-fogo foi convencionado no momento em que o Governo britânico propôs o
Tratado de Zurique para o futuro do país. O objectivo da EOKA de livrar o
Chipre da subjugação inglesa foi conseguido a
16 de Agosto de
1960 quando o país alcançou a independência do
Reino Unido. No entanto, tal independência negou claramente a união que pretendiam com a Grécia.