O
bombardeio do Iraque de dezembro de 1998 (codinome
Operação Desert Fox ou
Operação Raposa do Deserto) foi uma grande campanha de quatro dias de bombardeio sobre alvos no
Iraque de 16 a
19 de dezembro de
1998 pelos
Estados Unidos e
Reino Unido. Foram quatro dias de bombardeios aéreos, a maior ofensiva militar contra o Iraque desde a
Guerra do Golfo, com o objetivo de "debilitar a capacidade iraquiana de produzir e usar
armas de destruição em massa" após
Bagdá ter sido acusada de interromper a cooperação com os inspetores de armas da
ONU. Durante 70 horas, o país é alvo de bombardeios e mísseis que destroem instalações militares e civis. Setenta pessoas morrem, de acordo com o governo iraquiano
Nos meses anteriores aos ataques, havia aumentado a tensão entre o órgão de inspeção de armas da ONU no Iraque (a
Unscom) e o governo iraquiano. O país vinha se recusando a cooperar plenamente com os fiscais, e estava lhes negando o acesso aos chamados “palácios presidenciais” do presidente
Saddam Hussein. O argumento usado pelas autoridades iraquianas para justificar suas decisões foi que os fiscais estavam fazendo trabalho de “
espionagem” para o
serviço de inteligência dos Estados Unidos.
A campanha de bombardeio tinha sido prevista desde Fevereiro de 1998 e realizada com amplas críticas e apoio, tanto nos EUA como no exterior. A
Arábia Saudita, o
Bahrein e os
Emirados Árabes Unidos anunciaram inicialmente que negariam o uso de bases militares locais dos EUA para o efeito de ataques aéreos contra o Iraque. Tornaram-se uma das bases da
invasão do Iraque em 2003, quando Saddam Hussein foi removido do poder.