Ogã (do
iorubá -ga: "pessoa superior, chefe", com possível influência do
jeje ogã: "chefe, dirigente") é o nome genérico para diversas funções masculinas dentro de uma casa de
candomblé. É o
sacerdote escolhido pelo
orixá para estar lúcido durante todos os trabalhos. Ele não entra em
transe, mas, mesmo assim, não deixa de ter a intuição espiritual. Os
atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo
Alagbê (nação Ketu),
Kambondo (nações Angola e Congo) e
Runtó (nação Jeje), que é o responsável pelo Rum (o atabaque maior), e pelos ogãs nos atabaques menores sob o seu comando. É o Alagbê que começa o toque e é através do seu desempenho no Rum que o
orixá vai executar sua
coreografia, de
caça, de
guerra, sempre acompanhando o floreio do Rum. O Rum é que comanda o Rumpi e o Lê.
Os
atabaques são chamados de
Ilú na nação
Ketu, e
Ngoma na nação
Angola, mas todas as nações adotaram esses nomes
Rum,
Rumpi e
Le para os atabaques, apesar de ser denominação
Jeje.