O Dilúvio (
polonês:
Potop) é um nome utilizado na
história da Polônia para se referir a uma série de guerras no
século XVII que deixou a
Polônia em ruínas. Em um sentido mais restrito,
Dilúvio se refere somente à invasão
sueca e a ocupação do país; em um sentido mais amplo, ele se aplica a toda uma série de infortúnios iniciados com a
Revolta de Chmielnicki em
1648 e terminados ou em
1656,
1660 ou mesmo em
1667. Antes do
Dilúvio a Polônia era uma força na
Europa Central. Durante as guerras, porém, a Polônia perdeu cerca de um terço de sua população (um número relativamente mais alto que durante a
Segunda Guerra Mundial) e sua posição de grande potência.
Os conflitos iniciaram-se em em
1648 por causa do senhor
feudal ruteniano e líder
cossaco ucraniano Bohdan Khmelnytsky. Khmelnytsky, espalhou o boato que os poloneses os tinham vendido como escravos e entregues "nas mãos dos amaldiçoados judeus". Este foi o pretexto para uma campanha onde os cossacos mataram um grande número de judeus durante os anos de
1648–
1649. O número preciso de mortes nunca foi conhecido, mas a diminuição da
população judia naquele período é estimada entre 50.000 e 200.000, número que também inclui mortes por doença e prisão pelos
tártaros. Embora os cossacos acabassem por ser derrotados em
1651 na Batalha de Beresteczko, a sua rebelião serviu de pretexto para os
russos invadirem e ocuparem a metade oriental da
República das Duas Nações em
1655. Por sua vez, os
suecos invadiram e ocuparam o restante território no mesmo ano.