Adolf Hitler revoltou-se contra o líder da
SA,
Ernst Röhm, pois temia a independência daquela facção (que já contava com três milhões de integrantes). Adicionalmente, Hitler estava desconfortável com o apoio declarado de Röhm à ideia de uma "segunda revolução" para redistribuir a riqueza na sociedade alemã. Hitler também queria conciliar líderes da
Reichswehr (o exército oficial alemão), cuja cúpula temia e desprezava a SA por causa da ambição particular de Röhm de absorver o Reichswehr entre seus comandados. Sob diversos aspectos os interesses de Röhm chocavam-se com os da[Reichswehr, cujos oficiais - em especial o
marechal Paul von Hindenburg,
presidente da
nação na época - demonizavam a figura de Röhm, a quem acusavam de ser
homossexual e
viciado que tinha aspirações de derrubar o regime nazista, instigando uma revolta no povo alemão para forçar a queda de Adolf Hitler. Com isso,
Hitler, então
chanceler da Alemanha nomeado por
Hindenburg, decidiu não entrar em choque com o poder político dos militares e, ao invés disso, executou um expurgo contra as autoridades máximas da SA, assim como todos seus inimigos políticos.
Ao menos 85 pessoas morreram durante o evento e milhares de opositores políticos foram presos. A maioria das mortes foi causada pela (SS), um grupo de elite especial, e pela
Gestapo (
Geheime Staatspolizei), a
polícia secreta. Com o expurgo, foi consolidado o apoio do
exército alemão a Hitler. O expurgo reforçou e consolidou o apoio do Reichswehr a Hitler, além de também ter fornecido uma base jurídica para ao nazismo, visto que os tribunais alemães rapidamente deixaram de lado séculos de proibições de
execuções extrajudiciais para demonstrar lealdade ao regime. A Noite das Facas Longas foi um divisor de águas o governo alemão e estabeleceu Hitler como "
o juiz supremo do povo alemão", como ele mesmo disse em seu discurso no
Reichstag, em 13 de julho de 1934.