Noite Sangrenta é a designação pela qual ficou conhecida a revolta radical de marinheiros e arsenalistas, que ocorreu em Lisboa a
19 de Outubro de
1921, no decurso da qual foram assassinados, entre outros,
António Granjo, então presidente do Ministério,
Machado Santos e
José Carlos da Maia, dois dos históricos da
Proclamação da República Portuguesa, o comandante Freitas da Silva, secretário do Ministro da Marinha, e o coronel Botelho de Vasconcelos, antigo apoiante de
Sidónio Pais no
Arsenal da Marinha.
Na origem da revolta terá estado a demissão do governo de
Liberato Pinto, e a sua condenação a um ano de detenção (confirmada a 10 de Setembro de 1921 pelo Conselho Superior de Disciplina do Exército), a seguir à qual um conjunto de militares ligados àquela força policial, a que se juntaram militares do Exército e da Armada, se sublevou.