Melipona fuliginosa Lepeletier, 1836, popularmente conhecida como
manduri-preto,
uruçu,
uruçu-boi,
erereú-negra,
turuçu ou
mel-de-anta, é uma
espécie de
abelha social da
subfamília dos
meliponíneos (abelhas sem
ferrão). Possui coloração negra, com 13 mm de comprimento, sendo a maior das abelhas desta subfamília, no
Brasil, onde está presente em numerosos
estados (
Amazonas,
Pará,
Acre,
Rondônia,
Roraima,
Amapá,
Maranhão,
Piauí,
Bahia,
Espírito Santo,
Goiás,
Mato Grosso,
São Paulo). Ocorre também na
Argentina (
Salta),
Bolívia (
El Beni,
La Paz,
Santa Cruz), na
Guiana Francesa (
Cayenne,
Kourou), na
Guiana (
Cuyuni-Mazaruni), no
Suriname (
Marowijne), na
Venezuela (
Amazonas) e
Colômbia.
Abelha cleptobiótica ou pilhadora, isto é, saqueia os ninhos de outras espécies, para retirar o mel, o pólen e a cera armazenados nas
colmeias. Existem relatos segundo os quais a
Melipona fuliginosa Lepeletier mostrou-se uma ladra agressiva, capaz de eliminar colmeias inteiras de
Apis mellifera, decapitando as operárias que saíam em defesa dos seus ninhos. Na Colômbia (
Santander e
Llanos Orientais), o motivo desses ataques nem sempre foi evidente: tanto teriam ocorrido em épocas de escassa produção de
néctar - quando
M. fuliginosa roubou as provisões - como em épocas de bom fluxo de néctar, quando foram relatados ataques, sem ter havido
pilhagem.
A espécie constrói grande parte do seu ninho, de formato tubular, com
resina e sementes, além de barro.