Maya ou
maiá (do
sânscrito माया, māyā) é um termo filosófico que tem vários significados: em geral, ele se refere ao conceito da ilusão que constituiria a natureza do universo.
Maya deriva da
contração de
ma, que significa "medir, marcar, formar, construir", denotando o poder do deus ou demônio de criar ilusão, e
ya, que significa "aquilo".
O conceito foi aperfeiçoado pelo filósofo indiano
Adi Shankara no século IX e foi absorvido pelas religiões e filosofias do oriente. Dali, foi importado para o
ocidente no século XIX, tornando-se parte da língua corrente entre os devotos das
religiões orientais e círculos
esotéricos. Dentro dessas linhas de pensamento,
maya se torna o principal obstáculo para o desapego das seduções do mundo sensorial, para a superação dos enganos criados pelo
dualismo e para a conquista da verdadeira
iluminação.
Seu significado é complexo porque envolve ele mesmo uma dualidade, pois
maya não pode ser real se consideramos o
Absoluto (
Parabrahman) como a única realidade, mas não pode ser irreal pois é a base de todo o universo objetivo. A realidade última, assim, envolve a compreensão da natureza de maya sem sua negação, mas distinguindo-a do Absoluto.