Uma das características do maoísmo que o distancia do
leninismo é o
voluntarismo, segundo o qual as condições objetivas da sociedade não são muito importantes para a revolução se as condições subjetivas, isto é, a vontade revolucionária do povo, estão presentes. Isso leva os maoístas a defender a insurreição armada como método de tomar o poder em todas as sociedades, e não só nas agrárias.
O maoismo segue sendo um movimento de grande importância em alguns países, como na
India,
Filipinas, e no
Nepal, aonde partidos maoistas lideram guerrilhas e atuam nos governos. Em alguns países ocidentais, o maoismo teve forte influência durante o século 20: o
Sendero Luminoso liderou uma guerrilha por muitas décadas no Peru, e a teoria maoista foi instrumental na formação dos
Panteras Negras nos Estados Unidos, assim como no movimento comunista na
França e no norte da Africa, contando com teóricos como
Charles Bettelheim,
Jacques Ranciere, e
Alain Badiou. No Brasil, o
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) adotou o maoismo como sua orientação entre 1962 e 1976, quando organizou a
Guerrilha do Araguaia.