Literatura fenício-púnica é o termo usado para designar a
literatura escrita em
língua fenícia,
idioma semítico falada pelos
fenícios. Os fenícios foram um povo que dedicou-se principalmente ao comércio marítimo, tendo fundado várias colônias, entre as quais destaca-se
Cartago, no norte da
África, onde falava-se um dialeto chamado
púnico.
A literatura fenício-púnica é rodeada por uma áurea de mistério devido aos poucos vestígios que foram conservados: tudo o que subsiste atualmente é uma série de inscrições, poucas das quais têm caráter notadamente literário (narrações históricas, poemas), moedas, fragmentos das obras de
Sanconíaton e de Magão, a tradução para o grego da narrativa da viagem do navegador
Hanão e o texto da peça teatral
Poenulus, do dramaturgo romano
Plauto. Por outro lado, é um fato conhecido que tanto na Fenícia como em Cartago haviam
bibliotecas e que os fenícios tiveram uma rica produção literária herdada do passado
cananeu, do qual as obras de
Filo de Biblos e de Menandro de Éfeso são uma parte ínfima.