Jurema-preta (
Mimosa hostilis Benth.) é uma árvore arbustiva pertencente à família Fabaceae, da ordem das Fabales típica da caatinga, ocorrendo praticamente em quase todo nordeste brasileiro, sendo encontrada também em El Salvador, Honduras, México (
Tepezcohuite], Panamá, Colômbia e Venezuela. Bem adaptada para um clima seco possui folhas pequenas alternas, compostas e bipinadas com vários pares de pinas opostas. Possui espinhos e apresenta bastante resistência às secas com grande capacidade de rebrota durante todo o ano. Usada pelos índios da etnia
xucurus-cariris em conjunto com a
Jurema Branca (Piptadenia Stipulacea). É utilizada tradicionalmente para fins medicinais e religiosos. Sua casca é usada para fins medicinais e a casca de sua raiz é a parte da planta usada nas cerimônias religiosas pois possui grande quantidade de substâncias psicoativas da classe das
triptaminas, como o
DMT.
Segundo classificação apresentada no Erowid a Jurema Preta corresponde à Mimosa tenuiflora, para Menezes corresponde à
Mimosa nigra ou
Acácia jurema M. segundo ele semelhante à
Jurema-branca esgalhada e armada. Na descrição de
Von Martius (1794 — 1868) no livro Flora brasiliensis (1840-1906) a
Mimosa hostilis pertence à familia Leguminosae (Fabaceae); subfamilia. Mimoseae; tribo Eumimoseae (Mimosa L.) sect. Habbasia e ser. Leptostachyae.