A
Intervenção militar no é uma ação armada feita por uma coalizão (coligação, em
português europeu) de países (liderados pela
Arábia Saudita) no
Iêmen, começando em março de 2015. Os sauditas deram à ação o codinome (nome de código, em português europeu)
Operação Tempestade Decisiva (em
árabe:
عملية عاصفة الحزم). Desde 2011, após uma
revolução que acabou com a ditadura do marechal
Ali Abdullah Saleh, o Iêmen vive em profunda
instabilidade interna. O país quase que imediatamente mergulhou em
um profundo caos, onde a violência política, sectária e religiosa se espalhou pela nação. Entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015, a milícia xiita
houthi lutou e conseguiu
derrubar o governo do general
Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi. O presidente fugiu da capital, renunciando ao seu cargo, tomando refúgio na cidade costeira de
Áden. Frente à aproximação de forças
houthis, Hadi fugiu novamente, na virada do dia 25 para 26 de março de 2015, para a Arábia Saudita. Imediatamente,
militares sauditas lançaram uma série de
ataques aéreos contra o oeste e o norte do Iêmen, mirando os
houthis e em milícias simpatizantes (ou antigoverno).
Após os primeiros ataques aéreos sauditas, uma coalizão se formou. Aviões de guerra do
Egito,
Marrocos,
Jordânia,
Sudão,
Emirados Árabes Unidos,
Kuwait,
Qatar e
Bahrain também lançaram seus próprios ataques. Em apoio à Arábia Saudita, que enviou também soldados de infantaria para a região, os egípcios e jordanos também mobilizaram forças terrestres. O
Paquistão, apesar de nutrir hostilidade contra os
houthis, decidiu permanecer neutro mas tacitamente apoiou a intervenção. O governo do
Irã condenou os ataques. Segundo fontes de inteligência locais e do Ocidente, os iranianos apoiam, militar e financeiramente, as milícias
houthis.
Os ataques aéreos da coalizão árabe atingiram alvos dos
houthis em várias localidades no Iêmen, mas principalmente nas regiões oeste e norte. A capital
Saná, que está em mãos dos rebeldes xiitas desde o começo de 2015, foi uma das cidades mais atingidas nos bombardeios. Os aliados afirmaram que expandiriam suas ações militares na região, sob o pretexto de trazer novamente a estabilidade ao
Golfo Pérsico.