O
pensamento evolutivo, a concepção de que as espécies mudam ao longo do tempo, tem raízes na
Antiguidade, nas descobertas científicas de
gregos,
romanos,
chineses e
muçulmanos. No entanto, até o
século XVIII, o pensamento biológico
ocidental era dominado pelo
essencialismo, a crença na imutabilidade das formas viventes. Essa concepção começou a se alterar quando, durante o
Iluminismo, a
cosmologia evolutiva e a filosofia
mecanicista se espalharam das ciências físicas para a
história natural. Naturalistas começaram a centralizar seus estudos na variabilidade das espécies; o surgimento da
paleontologia com o conceito de
extinção enfraqueceu ainda mais a visão estática da natureza. No início do
século XIX,
Jean-Baptiste de Lamarck propôs sua teoria da
transmutação de espécies, que foi a primeira teoria científica
evolutiva totalmente elaborada.
O trabalho de Darwin conduziu a uma rápida aceitação do conceito de evolução, mas o mecanismo proposto, a seleção natural, não foi amplamente aceito até os anos 1940. A maioria dos biólogos argumentava que outros fatores eram responsáveis pela evolução, como a
herança de caracteres adquiridos (neo-
Lamarquismo), uma tendência inata à mudança (
ortogênese), ou grandes mutações repentinas (
saltacionismo). A síntese da seleção natural com a
genética Mendeliana durante os anos 1920 e 1930 fundou a nova disciplina da
genética de populações. Durante os anos 1930 e 1940, a genética de populações foi integrada a outros campos da biologia, resultando numa teoria evolutiva amplamente aplicável, que abarcava a maior parte da biologia — a
síntese evolutiva moderna.