A
História de Parintins é semelhante as demais
histórias do
municípios da
Amazônia. A ilha Tupinambarana, atual município de
Parintins, registrou as primeiras viagens exploratórias da Coroa Portuguesa somente em
1796. O município de Parintins, como quase todos os demais municípios brasileiros, foi, primitivamente, habitado por indígenas. Sua descoberta ocorreu em
1749, quando, descendo o
rio Amazonas, o explorador José Gonçalves da Fonseca notou uma ilha que, por sua extensão, se sobressaía das outras localizadas à direita do grande rio.
A fundação da localidade só foi realizada em
1796, por José Pedro Cordovil, que veio com seus
escravos e agregados para se dedicar à
pesca do
pirarucu e à
agricultura, chamando-a
Tupinambarana. A rainha D. Maria I deu-lhe a
ilha de presente. Ali instalado, fundou uma fazenda de
cacau, dedicando-se à cultura desse produto em grande escala. Ao sair dali, algum tempo depois, ofertou a ilha à rainha. Tupinambarana foi aceita e elevada à missão religiosa, em
1803, pelo capitão–mor do
Pará, o Conde dos Arcos, que incumbiu sua direção ao frei José das Chagas, recebendo a denominação de
Vila Nova da Rainha.
A eficiente atuação de frei José provocou um surto de progresso e desenvolvimento na localidade, mediante a organização da comarca do Alto Amazonas. Em
25 de julho de
1833, passa à
freguesia, com o nome de
Freguesia de Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana. Era ainda Tupinambarana simples freguesia quando iniciou a
revolução dos Cabanos no Pará, e se alastrou por toda a província. O seu vigário, padre Torquato Antônio de Souza, teve atuação destacada durante a sedição, servindo de delegado dos legalistas no Baixo Amazonas. Tupinambarana, talvez porque estivesse bem defendida, foi poupada aos ataques dos Cabanos.