Heviossô, Hebiosso [1] Kheviossô, Xêvioso ou Xêbioso - É o Vodun do céu (está entre os
Ji-vodun) que se manifesta em forma do trovão e raio. Ele é o segundo filho do
Mawu e é considerado um
Vodun de justiça que castiga ladrões, mentirosos, criminosos e malfeitores (incluindo feiticeiros e pessoas que praticaram alguma injustiça). Os seus símbolos são o raio, o
carneiro e o
fogo, e seus emblemas são a cor vermelha, o
sô-kpé ("pedra de raio") e o
sossiovi (machado de uma lâmina com forma de cabeça de carneiro). Heviossô tem vários filhos, entre os quais
Sogbo,
Aklonbé e Avlékété. O culto de Heviossô é originário do território Hwedá, ou seja, da mesma área de onde veio o culto de
Dangbê, mais particularmente, da cidade de Hevié, a qual originou seu nome
Hevié-Sô (o trovão ou fogo, de Hevié), depois ele foi incorporando outras divindades do trovão locais, como
Gbamé-Sô, do território
Mahi, que mais tarde se tornou
Gbadé, além de
Djakata, de origem
iorubá e outras, que foram identificados como "filhos de Heviossô". Os iniciados de Heviossô trazem na fronte uma marca feita durante a iniciação com escarificações e tatuagem feita com cinzas de certas substâncias e pelo uso de uma gargantilha feita de algodão torcido (
hunkan). Em algumas regiões, seus iniciados ainda usam um colar de contas vermelhas de doze fios (
hunjevé).
Na cultura
fon tradicional, quando uma pessoa morre punida por Heviossô (queimada em incêndio ou fulminada por um raio), seu cadáver não é enterrado imediatamente. O corpo é exposto em um cavalete diante do
hunkpame de Heviossô com dinheiro e presentes, e um sacerdote sai e "come" ritualmente o cadáver, tocando-o repetidamente com a mão direita e levando-a à boca. Depois recolhe o dinheiro e os presentes e asperge o cadáver com substâncias simbolicamente "calmantes". Só então a família pode levar o
cadáver para o
funeral. O processo pode demorar vários dias, ao longo dos quais a família pode acrescentar mais presentes para o
templo.