A
Guerra Civil Síria (às vezes referida como
Revolta Síria ou ainda
Revolução Síria; ) é um
conflito interno em andamento na
Síria, que começou como uma série de grandes protestos populares em
26 de janeiro de
2011 e progrediu para uma violenta
revolta armada em
15 de março de 2011, influenciados por
outros protestos simultâneos no mundo árabe. Enquanto
a oposição alega estar lutando para destituir o presidente
Bashar al-Assad do poder para posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país, o governo sírio diz estar apenas combatendo "terroristas armados que visam desestabilizar o país". Com o passar do tempo, a guerra deixou de ser uma simples "luta por poder" e passou também a abranger aspectos de natureza sectária e religiosa, com diversas facções que formam a oposição combatendo tanto o governo quanto umas às outras. Assim, o conflito acabou espalhando-se para a região, atingindo também países como Iraque e o Líbano, atiçando, especialmente, a rivalidade entre xiitas e sunitas.
Em resposta aos protestos, o governo sírio enviou
suas tropas para as cidades revoltosas com o objetivo de encerrar a rebelião. O resultado da repressão e do confronto com os manifestantes acabou sendo de centenas de mortes, a grande maioria de civis. No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado
Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado. Em 23 de agosto de 2011, a oposição finalmente se uniu em uma única organização representativa formando o chamado
Conselho Nacional Sírio. A luta armada então se intensificou, assim como as incursões das tropas do governo em áreas controladas por opositores. Em 15 de julho de 2012, com grandes combates irrompendo por todo o país, a
Cruz Vermelha Internacional decidiu classificar o conflito como
guerra civil (o termo preciso foi "conflito armado não-internacional") abrindo caminho à aplicação do
Direito Humanitário Internacional ao abrigo das
convenções de Genebra e à investigação de
crimes de guerra.