Grande Revolta da Ilíria, conhecida na época como
Bellum Batinianum, também chamada de
Revolta Panônia-Dálmata e
Revolta de Bato ou
Revolta Batoniana, foi uma série de conflitos militares entre uma aliança de tribos ilírias e o
Império Romano. A revolta começou entre os
desitiatas da
Bósnia central, liderados por
Bato, mas que rapidamente se alastrou entre os breucos e povos vizinhos. A guerra, que durou de 6 a 9 d.C., levou a uma enorme concentração de forças romanas na área — pelo menos numa ocasião todas as legiões e suas
tropas auxiliares ocuparam um único acampamento — e exércitos inteiros operando por toda a região dos
Bálcãs, em diversas frentes. Em 3 de agosto de 8, os breucos do vale do
rio Sava se renderam, mas foi necessário mais um bloqueio invernal e uma temporada de lutas para que os desitiatas os seguissem em 9. Ou seja, foram necessários três anos de duros combates para que os romanos conseguissem sufocar a revolta, que foi descrita pelo historiador romano
Suetônio como a mais difícil das guerras enfrentadas por Roma desde as
Guerras Púnicas duzentos anos antes.
Todas as tribos ilírias foram subjugadas ao
Império Romano. Na época de
Nero (54–68), a antiga cidade de
Afrodísias, na
Ásia Menor, celebrou as vitórias dos imperadores com um monumento que incorporava relevos retratando diversos
triunfos imperiais sobre povos individuais. Entre eles estavam diversas tribos ilírias, incluindo os iápodes,
dardânios,
panônios, andizetes e pirustas.