O
golpe de Estado no Iêmen em 2014-2015, também conhecido como
Revolução de 21 de Setembro , foi uma tomada de poder pelos
houthis, um grupo de combatentes
zaiditas liderado por
Abdul Malik al-Houthi, que removeu o governo do
Iêmen do poder, começando com a renúncia do primeiro-ministro
Mohammed Basindawa após os insurgentes houthis invadirem a capital iemenita
Sanaa em 21 de setembro de 2014, escalando com a renúncia do presidente
Abd Rabbuh Mansur Hadi e seus ministros em 22 de janeiro de 2015, depois que forças houthis tomaram o palácio e a residência presidencial e principais instalações militares, e culminando com a dissolução do Parlamento e a formação de um conselho governante pelos militantes houthis em 6 de Fevereiro de 2015. A autoridade interina liderada pelos houthis não foi reconhecida internacionalmente, e tem enfrentado oposição interna generalizada.
Os distúrbios começaram em 18 de agosto de 2014, uma vez que os houthis se aproveitaram de uma remoção aplicada pelo governo dos subsídios aos combustíveis para convocar protestos em massa. Em 21 de setembro, uma vez que os houthis assumiram o controle da Sana, o exército do Estado não interveio formalmente já que a divisão da orientação moral das forças armadas declarou seu "apoio à revolução do povo". As tropas que combatiam os houthis em uma tentativa frustrada de parar seu avanço eram afiliadas com o general
Ali Mohsen al-Ahmar e o partido conservador sunita
Al-Islah. Depois de obter o controle sobre importantes edifícios governamentais em Sana, os houthis e governo assinaram um acordo mediado pelas
Nações Unidas em 21 de setembro para formar um "governo de unidade".
Os distúrbios tomaram um rumo dramático em janeiro de 2015, quando os combatentes houthis assumiram o controle do palácio presidencial e a residência de Hadi, em um esforço para ganhar mais influência sobre o governo e na elaboração de uma nova Constituição. Em 22 de janeiro, Hadi e seu governo renunciaram em massa, ao invés de cumprir as exigências dos houthis. Três semanas depois, os houthis declararam que o parlamento seria dissolvido e instalaram um
Comitê Revolucionário como a autoridade interina, embora concordassem em manter a Câmara dos Representantes em vigor duas semanas mais tarde, como parte de um acordo de partilha de poder.