Glosa é uma forma de
poema utilizada pelos
poetas do
Nordeste do Brasil, principalmente os cantadores, em forma de uma ou mais décimas (
estrofe de 10 versos) que respondem a um desafio, expresso em forma de
mote. O mote é, geralmente, um dístico, ou seja, composto por dois
versos. Esses versos se apresentam na glosa de duas formas mais comuns:
- Os dois versos aparecem no fim da estrofe, compondo a rima, que, na maioria das vezes, segue o esquema ABBAACCDDC.
- Um verso do mote aparece como quarto verso da glosa, e o outro verso na última posição. O esquema rímico é semelhante.
- Mais recentemente, o poeta Paulo Camelo criou e apresentou o que ele denominou Glosa com mote migrante, um poema com mais de uma estrofe (de duas a cinco), onde o mote, em dístico, aparece em posições diferentes, ascendendo nas estrofes das últimas para as primeiras posições.