Geoestatística é um ramo da Estatística Espacial que usa o conceito de funções aleatórias para incorporar a dependência espacial aos modelos para variáveis geo-referenciadas. Sob determinadas hipóteses, torna-se possível fazer inferências e predições a partir de amostras. Vários métodos e técnicas foram desenvolvidos ao longo dos últimos cinquenta anos, através destas técnicas, dentre as quais se destacam a
krigagem e a
simulação estocástica, é possível calcular um valor de uma dada propriedade (
fácies,
permeabilidade,
porosidade etc.) para cada centro da célula de uma malha tridimensional, valor este condicionado aos dados existentes (dados de poços, sísmica, etc.) e a uma função de
correlação espacial entre estes
dados.
Em várias áreas das Ciências da Terra, as variáveis não apresentam um padrão de distribuição requerido pela
estatística clássica como normalidade e independência dos dados. Os modelos da estatística clássica estão geralmente voltados para a verificação da distribuição de
freqüência dos dados, enquanto a
geoestatística incorpora a interpretação da distribuição estatística, assim como a
correlação espacial das
amostras. Este aspecto da geoestatística está intimamente associado com a
distribuição estatística dos dados no espaço.
Assim, os métodos geoestatísticos fornecem um conjunto de ferramentas para entender a uma aparente aleatoriedade dos dados, mas com possível estruturação espacial, estabelecendo, desse modo, uma função de correlação espacial. Esta função representa a base da estimativa da variabilidade espacial em geoestatística.