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GRES Acadêmicos do Salgueiro
 
Acadêmicos do Salgueiro
Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro é uma tradicional escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, originária do Morro do Salgueiro e sediada na Rua Silva Teles, n.º 104, no bairro do Andaraí, onde também funciona a Vila Olímpica do Salgueiro. Foi fundada em 5 de março de 1953, a partir da fusão de duas escolas de samba do Morro do Salgueiro, a Depois Eu Digo e a Azul e Branco.

Possui nove títulos de campeã do Grupo Especial do carnaval carioca, conquistados nos anos de 19601963196519691971197419751993 e 2009. É uma das maiores vencedoras do Estandarte de Ouro, sendo premiada como melhor escola por sete vezes. É a maior vencedora do Tamborim de Ouro, conquistando por seis vezes o prêmio principal.

A Acadêmicos do Salgueiro desfilou pela primeira vez em 1954, conquistando o terceiro lugar, à frente da super campeã Portela. A escola foi responsável por renovar a estética do carnaval carioca ao convidar artistas de formação acadêmica, para confeccionar seus desfiles. Em 1959, foi o casal de artistas plásticos Dirceu e Marie Louise Nery os responsáveis pelo desfile da escola, sobre o pintor francês Jean-Baptiste Debret. A apresentação chamou atenção de um dos julgadores, o professor da Escola de Belas Artes e cenógrafo do Teatro Municipal do Rio de Janeiro Fernando Pamplona, que foi convidado pelo presidente da escola, Nelson de Andrade, para confeccionar o desfile de 1960. Neste ano, a escola conquistou o seu primeiro campeonato, com o enredo "Quilombo dos Palmares". Também nesse período, a escola inovou na escolha dos enredos, homenageando personalidades brasileiras, na época, pouco conhecidas, como Zumbi dos Palmares (em 1960), Xica da Silva (em 1963), Chico Rei (em 1964) e Dona Beija (em 1968). Naquela época, apenas figuras conhecidas da história nacional eram temas de enredo. Em 1963, pela primeira vez no carnaval carioca, uma escola de samba apresentava um enredo centrado em uma personalidade feminina. A escola inovou, mais uma vez, ao apresentar uma ala de passo marcado. Coreografada por Mercedes Baptista, a primeira bailarina negra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, a ala trazia casais dançando um minueto. A ideia causou polêmica, mas, com o passar do tempo, o artifício foi utilizado por outras agremiações em seus desfiles. Polêmicas à parte, naquele ano a escola conquistou o seu segundo título de campeã do carnaval carioca, com um enredo de Arlindo Rodrigues sobre Chica da Silva. Em 1965, conquistou o seu terceiro campeonato com um enredo sobre a história do carnaval carioca. Em 1969 foi campeã fazendo uma homenagem à Bahia. Em 1971, conquistou o seu quinto título de campeã com o popular samba-enredo "Festa para um rei negro", conhecido pelo refrão "O-lê-lê, o-lá-lá / Pega no ganzê / Pega no ganzá". Os anos de 1974 e 1975 marcaram uma nova mudança na escolha dos enredos. O carnavalesco Joãosinho Trinta conquista mais dois títulos para a escola com dois enredos oníricos, misturando realidade e imaginação. Em 1993, a escola foi protagonista de um dos momentos mais marcantes do carnaval carioca. Com o enredo "Peguei um Ita no Norte", do carnavalesco Mario Borrielo, a escola conquistava o seu oitavo campeonato. Durante o desfile, o público presente no Sambódromo cantou em coro o popular samba-enredo, conhecido pelo refrão "Explode coração / Na maior felicidade / É lindo o meu Salgueiro / Contagiando, sacudindo essa cidade". Em 2009 a escola conquistou o seu nono título de campeã do carnaval carioca, com o enredo "Tambor", do carnavalesco Renato Lage.


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