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Gênio (pessoa)
Um é uma pessoa com grande capacidade mental. Ela pode se manifestar por um intelecto de primeira grandeza, ou um talento criativo fora do comum. Na primeira escala de classificação para níveis cognitivos, proposta por Lewis Madison Terman, em 1916, eram classificados como "gênios" as pessoas que obtivessem escore acima de 150, e "quase gênio" (near genius) entre 140 e 150, numa padronização com média = 100 e desvio-padrão = 16. Posteriormente, em 1928, essas classificações foram modificadas e passou-se a considerar "gênio" somente que obtivesse escores acima de 180, também numa padronização com média = 100 e desvio-padrão = 16. Para , o termo "gênio" poderia ser aplicado a quem obtivesse escore acima de 127, numa padronização com média = 100 e desvio-padrão = 15. Mais tarde, passou a classificar como "gênio" quem obtivesse escore acima de 150. Pela classificação mais recente do (2003), o termo gênio é aplicado a quem obtém escore acima de 160, sendo reservado o termo "superdotado" para quem obtém escores entre 145 e 160.

O termo "gênio" também se aplica a alguém que seja um polímata ou alguém habilidoso em muitas áreas intelectuais. O termo se aplica com precisão a habilidades mentais, mais que físicas, embora seja também usado coloquialmente para indicar a posse de um talento superior em qualquer campo; por exemplo, Pelé é dito que foi um gênio do futebolMichael Jackson como um gênio da música e da dança, e até Gandhi, que é tido como um gênio da diplomacia.

Deve-se ter em consideração que é perigoso tomar como referência os escores em testes de QI quando se deseja fazer um diagnóstico razoavelmente correto de genialidade. Há que se levar em consideração que em todos os escores, e em todas as medidas, existe uma incerteza inerente, bem como os resultados obtidos nos testes representam a performance alcançada por uma pessoa em determinadas condições, não refletindo necessariamente a capacidade total ou ótima da pessoa em condições ideais. Fatores como sono, cansaço, estresse, desmotivação, ansiedade, entre outros, podem prejudicar os resultados nos testes, bem como fatores como a sorte podem inflacionar resultados em testes de múltipla escolha. E o mais importante: a grande maioria dos testes cognitivos usados em clínicas se baseia em questões demasiado elementares, inadequadas para estimar a capacidade intelectual em níveis muito altos. Isso gera muitas distorções quando se tenta diagnosticar "genialidade" com base num teste de QI. O ganhador do Nobel de Física Richard Feynman, por exemplo, obteve escore 125 num teste de QI, e foi considerado portador de uma das mentes mais brilhantes do século XX, ao passo que alguns professores medianos de Física frequentemente alcançam escores de 140 a 160, desde que tenham pensamento rápido, já que a rapidez para resolver problemas simples é um quesito para se obter bons resultados em testes de QI tradicionais. Outro exemplo é o campeão mundial de Xadrez Garry Kasparov, que obteve escores 123 e 135 em dois testes de QI, sendo que sua genialidade é indiscutível. Fatos como este, quando não são adequadamente analisados, podem colocar em dúvida a validade dos testes de QI e os diagnósticos baseados nos testes.


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