Os
frísios ou
frisões (
frisii em
latim) são mencionados pelo historiador romano
Tácito em sua obra
De Origine et situ Germanorum (c. 98 d.C.). Tratava-se, ao que tudo indica, de um povo de marinheiros - o
mar do Norte, da
Bretanha até o leste da
Dinamarca, chamava-se, à época, "mar Frísio" (em latim,
mare frisia). Pequenos grupos de frísios povoaram as terras ao redor do mar e traços da colonização frísia são encontrados na
Inglaterra, na
Escócia, na Dinamarca, na
Alemanha, na
Bélgica, na
França e nos
Países Baixos.
O território dos frísios seguia a costa continental do mar do Norte desde a desembocadura do
Reno até a do
Ems, que era a sua fronteira oriental, segundo a
Geographica de
Ptolomeu.
Plínio, o Velho, registra na sua
Belgica que aquele povo foi conquistado pelo general romano
Nero Cláudio Druso em 12 a.C., seguindo-se diversos levantes relatados por Tácito, inclusive o dos
batavos. A partir de então, a história dos frísios é obscura até o contato com os reinos
merovíngio e
carolíngio.
No século V, durante este período de "silêncio histórico", muitos dos frísios juntaram-se à emigração dos
anglo-saxões, os quais passaram pelo território frísio para depois invadir a
Grã-Bretanha; os que permaneceram no continente expandiram-se para o território recém-desocupado pelos Anglo-Saxões. Por volta do fim do século VI, os frísios ocupavam a costa até a desembocadura do
Weser e continuaram a expandir-se no
século VII, para Dorestad e até mesmo
Bruges. Esta foi a extensão máxima do território frisão, conhecida como a Frísia Magna.