A
extinção do Devoniano ou
extinção massiva do Devoniano , é considerada a terceira mais intensa das
extinções massivas a ser registrada na história da vida na
Terra e atingiu o que é considerada como a "
idade dos peixes", coincidente com a expansão da vegetação terrestre. Suas causas são ainda não conhecidas, atribuídas conjecturalmente a sucessivos impactos
meteoríticos de grande escala,
glaciação e diminuição da temperatura global, redução do
dióxido de carbono e
anoxia dos oceanos e outras massas d'água.
Entre estes fatores, ganha mais suporte entre os autores a queda acentuada da temperatura conjunta com a anoxia dos mares, mas o debate sobre a questão se mantém nos meios especializados. Esta extinção massiva, diferentemente de outras extinções não se situa no final de um período geológico, no caso, na transição do período
Devoniano para o
Carbonífero, mas é situada na fase final do Devoniano (
Frasniano e
Famenniano), aproximadamente entre 377 e 362 milhões de anos atrás.Os peixes placodermos,como o
Dunkleosteus,desapareceram nesta extinção em massa.
Discute-se se foi um evento para padrões da
paleontologia instantâneo ou prolongado, com duração de dois a três milhões de anos. Seus efeitos se deram predominantemente sobre a vida marinha, com destaque para as então baixas latitudes. Havendo no período Devoniano, pelo menos hoje conhecidas, setenta famílias de peixes, apenas dezessete deslas sobreviveram e passaram ao Carbonífero. Ainda que os dados deste período, pela sua própria datação não sejam suficientemente volumosos, estima-se que foram eliminadas 14 a 38% das famílias, 50 a 57% dos gêneros marinhos e 70 a 83% das espécies marinhas (Gibbs, 2001; McGhee Jr., 1996), predominantemente os
amonóides,
braquiópodes,
briozoários,
conodontes,
corais, estromatoporóides,
foraminíferos bentônicos e
trilobitas. É citado que foi afetado até 90 % do fitoplancton. É registrada ainda significativa diminuição da vegetação terrestre, evidenciando-se marcante declínio dos
esporos fossilizados, embora os autores considerem que esta diminuição deu-se em período e tempo mais longo que a da extinção em massa claramente definida. Não existem significativos registros dos efeitos desta extinção sobre os
vertebrados terrestres, embora tal evento tenha ocorrido quando estes estavam tomando os ambientes de terra seca.