O
exílio republicano espanhol refere o conjunto de cidadãos
espanhóis que durante a
Guerra Civil Espanhola de
1936 a
1939 e o imediato
pós-guerra, viram-se forçados a abandonar a sua terra natal e deslocar-se para outros países por motivos ideológicos e de consciência ou por temor às represálias por parte do bando vencedor e do regime político autoritário instaurado na Espanha, permanecendo no estrangeiro até a evolução das circunstâncias internas do país permitir o regresso, embora fossem muitos os que finalmente se integraram nas sociedades que lhes deram refúgio, contribuindo em alguns destacados casos para o seu desenvolvimento.
Uma grande parte dos primeiros refugiados, até 440 mil na
França segundo um relatório oficial de março de 1939, tiveram de afrontar duras condições de vida, que se agravaram como resultado do estouro da
Segunda Guerra Mundial e embora muitos de eles conseguiram regressar na
década de 1940, o exílio republicano "permanente" ficou constituído por cerca de 220 mil pessoas, das quais muitas eram ex-combatentes, políticos ou funcionários públicos comprometidos diretamente com a causa republicana. No entanto, havia também milhares de parentes e civis, com um número significativo de crianças, intelectuais, personalidades da cultura e artistas, cientistas e docentes, e pessoas de profissões qualificadas, o que implicou um condicionante mais nas consequências do conflito no processo de reconstrução do país.