O termo
esquizoanálise vem do germânico
skhízein (esquizo) que significa fender, dividido, dual,
dualidade, e
análise, que significa a
divisão do todo em partes, exame de cada parte de um todo, processo
filosófico por meio das relações entre os
efeitos e as
causas, o particular e o geral, o simples e o
composto. A esquizoanálise também preocupa-se com os sujeitos, os grupos e as instituições, na sua composição com o
mundo.
A Esquizoanálise é uma teoria/prática que surgiu do encontro entre o filósofo Gilles Deleuze e o psicanalista Félix Guattari pós o movimento revolucionário “Maio de 68” na França. A primeira grande produção dessa parceria foi o livro “O Antí-Édipo” (1972) e entre as ideias centrais da obra está à crítica ao reducionismo psicanalítico ao aprisionar sempre as produções do inconsciente ao drama edípico.
A clínica na perspectiva “Esquizo” é um processo de análise dos modos de subjetivação de sujeitos e grupos em suas relações com instituições e o mundo. Uma clínica construtivista que tensiona as explorações sociais e afetivas operando na ordem das micropolíticas ao questionar nossas próprias ações, desconstruindo modelos de representação e ativando a potência revolucionária do desejo.