Esparciatas ou
Homoios constituíam uma das divisões da sociedade
espartana. Eram os cidadãos espartanos que permaneciam à disposição do
exército ou dos negócios públicos. Em geral, não podiam exercer o
comércio nem vender suas terras, sendo sustentados pelos servos. Os homens esparciatas eram mandados ao exército aos sete anos de idade, onde recebiam educação e aprendiam as artes da
guerra e
desporto.
Pertenciam a este grupo todos os que fossem filhos de pai e mãe espartanos, sendo os únicos que possuíam direitos políticos (governo da cidade), constituindo o corpo dos cidadãos. Deviam dedicar sua vida ao estado espartano, permanecendo à disposição do exército ou dos negócios públicos. Além disso, para se pertencer a este grupo era obrigatório ter recebido a educação espartana e estar inscrito num sissício (
syssition), onde tomavam a refeição em comum. A
Gerúsia — conselho de Anciãos — era constituída por dois reis e mais 28 esparciatas com mais de 60 anos.
Os esparciatas eram a camada dominante de
Esparta. Embora em absoluta inferioridade numérica - não mais de 20% da população - eram os únicos com plenos direitos civis e políticos, já que descendiam dos primeiros conquistadores
dórios. Só eles podiam ocupar cargos no governo, só eles passavam a vida em
serviço militar permanente, só eles eram donos de quase todos os campos ao redor de Esparta.