Goldman nasceu em
Kovno (atual Kaunas), na
Lituânia - que era, então, parte do
Império Russo. Emigrou para os
Estados Unidos em
1885 e viveu em
Nova Iorque, onde conheceu e passou a fazer parte do florescente movimento anarquista. Atraída pelo anarquismo após a
Revolta de Haymarket, Goldman tornou-se uma renomada
ensaísta de filosofia anarquista e escritora, escrevendo artigos
anticapitalistas bem como sobre a emancipação da mulher, problemas sociais e a luta sindical. Ela e o escritor anarquista
Alexander Berkman, seu amante e companheiro por toda vida, planejaram assassinar
Henry Clay Frick como uma ação de
propaganda pelo ato. Embora Frick tenha sobrevivido ao atentado, Berkman foi sentenciado a vinte e dois anos na cadeia. Goldman foi presa várias vezes nos anos que se seguiram, por "incentivar motins" e ilegalmente distribuir informações sobre
contracepção. Em
1906, Goldman fundou o jornal anarquista
Mother Earth (Mãe Terra).
Em
1917, Goldman e Berkman foram sentenciados a dois anos na cadeia por conspirarem para "induzir pessoas a não se alistarem" no serviço militar obrigatório, que havia sido recentemente instituído nos Estados Unidos. Depois de serem soltos da prisão, foram novamente presos - junto com centenas de outros progressistas - sendo deportados para a Rússia. Inicialmente simpatizantes da
Revolução Bolchevique daquele país, Goldman rapidamente expressou sua oposição ao uso de violência dos
sovietes e à repressão das vozes independentes. Em
1923, ela escreveu sobre suas experiências entre os
bolcheviques, dando forma ao livro
Minha Desilusão na Rússia (
My Disillusionment in Russia). Enquanto viveu em Inglaterra, Canadá e França escreveu uma autobiografia chamada
Vivendo Minha Vida (
Living My Life). Com o início da
Guerra Civil Espanhola, em
1936, Emma, já com mais de 60 anos, viajou até a Espanha para apoiar a
Revolução Anarquista.