De acordo com resultados obtidos a partir de modelos simulados em computador realizados no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA conforme divulgados por Richard Gross, o
sismo do Chile de 2010 e o Sismo do Nordeste do Japão de 2011 alteraram em cerca de oito
centímetros o eixo da Terra, tornando os
dias mais curtos em cerca de 1,26
microssegundo. Contudo deve-se ressaltar que, em acordo com o teorema da conservação do
momento angular, que afirma basicamente: na ausência de forças externas, a quantidade de movimento angular total de um dado sistema (e por tal a orientação do seu eixo de rotação primário) - se conserva, o eixo terrestre não sofreu, em princípio, mudanças em sua orientação espacial em relação ao sol e as estrelas, e sim apenas em relação à crosta terrestre, devido ao movimento desta última. As alterações na duração do
dia solar e do
dia sideral são resultados não da alteração direta no momento angular do planeta, mas sim da alteração do
momento de inércia deste devido à redistribuição resultante de massa em torno do centro de rotação, o que, para a conservação do momento angular, implica variação na
velocidade angular do mesmo.
Forças capazes de produzir
torque sobre o nosso planeta de forma a alterar a orientação do eixo terrestre têm necessáriamente que expressar a interação entre a terra e outro corpo celeste, a exemplo a interação entre a
terra e a
lua ou entre a terra e o
sol - caracterizando-se assim como forças externas para o sistema em questão, composto apenas pela terra. Tais forças, de origem
gravitacional no caso, implicam em verdade que o eixo da terra não é fixo no espaço, apresentando um movimento de
precessão com período aproximado de 25.800 anos e de
nutação com período de 18,6 anos. Não espera-se contudo a princípio que a reorientação de massas no planeta provocada pelos terremotos tenham alterado de forma relevante tais movimentos ou mesmo a orientação atual do eixo no espaço.