O
Antigo Egito foi uma
civilização da
Antiguidade oriental do
Norte de África, concentrada ao longo ao curso inferior do
rio Nilo, no que é hoje o país moderno do
Egito. Era parte de um complexo de civilizações, as "Civilizações do Vale do Nilo", do qual também faziam parte as regiões ao sul do Egito, atualmente no
Sudão,
Eritreia,
Etiópia e
Somália. Tinha como fronteiras o
Mar Mediterrâneo, a norte, o
Deserto da Líbia, a oeste, o
Deserto Oriental Africano a leste, e a primeira catarata do Nilo a sul. O Antigo Egito foi umas das primeiras grandes civilizações da
Antiguidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas,
artísticas,
literárias e
religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenham sido também uma realidade.
A civilização egípcia se aglutinou em torno de com a unificação política do
Alto e
Baixo Egito, sob o primeiro
faraó (
Narmer), e se desenvolveu ao longo dos três milênios seguintes. Sua história desenvolveu-se ao longo de três grandes reinos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como
Períodos Intermediários. O Antigo Egito atingiu o seu auge durante o
Império Novo , uma era cosmopolita durante a qual, graças às campanhas militares do faraó , o Egito dominou, uma área que se estendia desde a
Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo, até ao
rio Eufrates, tendo após esta fase entrado em um período de lento declínio. O Egito foi conquistado por uma sucessão de potências estrangeiras neste período final. O governo dos faraós terminou oficialmente em , quando o Egito caiu sob o domínio do
Império Romano e se tornou uma
província romana, após a derrota da rainha na
Batalha de Áccio.
O sucesso da antiga civilização egípcia deve-se em parte à sua capacidade de se adaptar às condições do Vale do Nilo. A inundação previsível e a
irrigação controlada do vale fértil produziam colheitas excedentárias, o que alimentou o
desenvolvimento social e cultural. Com recursos excedentários, o governo patrocinou a exploração mineral do vale e nas regiões do deserto ao redor, o desenvolvimento inicial de um sistema de
escrita independente, a organização de construções coletivas e projetos de
agricultura, o
comércio com regiões vizinhas, e campanhas militares para derrotar os inimigos estrangeiros e afirmar o domínio egípcio. Motivar e organizar estas atividades foi uma tarefa
burocrática dos
escribas de elite, dos líderes religiosos, e dos administradores sob o controle de um faraó que garantiu a cooperação e a unidade do povo egípcio, no âmbito de um elaborado sistema de
crenças religiosas.