Irmão de Bartolomeu Dias, Diogo Dias acompanhara-o na viagem que resultou no descobrimento do
Cabo da Boa Esperança. Mais tarde, na frota de Pedro Álvares Cabral na segunda armada à Índia, é referido por
Pero Vaz de Caminha na
Carta do Descobrimento do Brasil como «
homem gracioso e de prazer», que fora
almoxarife de
Sacavém, e que o descreve dançando na praia em
Porto Seguro com os índios,
«ao jeito deles e ao som de uma gaita». ''
A 10 de Agosto de 1500, após ter dobrado o
cabo da Boa Esperança, separou-se do resto da expedição devido aos ventos, e descobriu uma ilha a que deu o nome de
São Lourenço (prática comum na época para designar as novas paragens, atribuindo-lhes o nome do santo do dia em que eram descobertas), mais tarde designada
Madagáscar. Sua embarcação se perdeu durante a tormenta, e acabou sendo o primeiro capitão português a viajar pelo
mar Vermelho. Incapaz de prosseguir rumo à
Índia, retornou a Portugal, onde chegou com apenas sete homens, tendo os demais tripulantes ficado pelo caminho vitimados pela fome e pela sede.