Desaparecidos políticos no Brasil é a denominação dada aos
militantes de organizações de oposição à
ditadura militar (1964-1985) cujo paradeiro é desconhecido ou cuja morte é presumida, embora não comprovada. A responsabilidade por esses
desaparecimentos forçados durante a ditadura tem sido atribuída a
organizações do
Estado brasileiro ou a terceiros - com autorização, apoio ou consentimento dos governantes da época. No início da
década de 1970 o aparelho repressivo governamental passou a adotar meios ilegais de
repressão política, tais como
sequestro,
cárcere privado,
tortura,
assassinato e ocultação de cadáver. De acordo com o livro
Direito à memória e à verdade, publicado pela
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República durante o
Governo Lula, 475 pessoas morreram ou desapareceram por motivos políticos naqueles anos. Esse número pode ser muito maior se levarmos em conta a extensão territorial do Brasil, a ausência de estudos estatísticos, o elevado número de pedidos de
indenização, a inclusão de não-militantes na lista de desaparecidos e aqueles cujos familiares não deram queixa.
Em contrapartida, os militares também homenagearam as 126 vítimas da
guerrilha empreendida por organizações de
esquerda, instalando placas com os nomes desses mortos no Salão Nobre do
Clube Militar do Rio de Janeiro em
1º de abril de
2009,