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Crise do subprime
A Crise do subprime é uma crise financeira desencadeada em 24 de julho de 2007, a partir da queda do índice Dow Jones  motivada pela concessão de empréstimos hipotecários de alto risco (em inglês: subprime loan ou subprime mortgage), prática que arrastou vários bancos para uma situação de insolvência, repercutindo fortemente sobre as bolsas de valores de todo o mundo. A crise foi motivada pela insistente manutenção de juros reduzidos pelo Fed (o sistema de bancos centrais dos Estados Unidos), em uma economia extremamente aquecida. A troca de comando em 2006 impediu que um novato assumisse o ônus da freada obrigatória. A crise do subprime foi imediatamente percebida como grave (segundo muitos economistas, a mais grave desde 1929), com possibilidade de se transformar em uma crise sistêmica, entendida como uma interrupção da cadeia de pagamentos da economia global, e que tenderia a atingir, de maneira generalizada, todos os setores econômicos. É considerada como um prenúncio da crise econômica de 2008.

As famílias americanas já vinham se endividando ao longo dos anos 1990. A partir de 1995, o mercado imobiliário voltou se expandir, assim como o endividamento - através de crédito ao consumidor e hipotecas. Com a crise de 2000-2001 do mercado de ações, o mercado imobiliário ganhou estímulos e se expandiu mais vigorosamente. As famílias, já endividadas, elevaram a contratação de empréstimos, fazendo novas hipotecas e adquirindo novas linhas de crédito . A partir de 2003, com a intensificação da valorização dos imóveis e o esgotamento dos clientes tradicionais, o crédito foi facilitado para as famílias e indivíduos sem histórico de crédito ou com histórico ruim, sem emprego e sem renda.

Os subprimes incluíam desde empréstimos hipotecários até cartões de crédito e aluguel de carros, e eram concedidos, nos Estados Unidos, a clientes sem comprovação de renda e com mau histórico de crédito - eram os chamados clientes ninja (do acrônimo, em inglês, no income, no job, no assets: sem renda, sem emprego, sem patrimônio). Essas dívidas só eram honradas, mediante sucessivas "rolagens", o que foi possível enquanto o preço dos imóveis permaneceu em alta. Essa valorização contínua dos imóveis permitia aos mutuários obter novos empréstimos, sempre maiores, para liquidar os anteriores, em atraso - dando o mesmo imóvel como garantia. As taxas de juros eram pós-fixadas - isto é, determinadas no momento do pagamento das dívidas. Quando os juros dispararam nos Estados Unidos - com a consequente queda do preço dos imóveis - houve em massa.


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