[Imagem:Yemen war detailed map.png|370px|thumb|right|Situação no
Iêmen em 26 de Março de 2015: ]] A
Crise Iemenita é um conjunto de conflitos internos de caráter sectário, político e religioso que ocorrem no
Iêmen desde princípios do
século XXI. Inicialmente, o país era afligido por três insurreições: a dos
salafistas-
jihadistas da
al-Qaeda e seus grupos afiliados desde 2001; o conflito em Sa'dah desencadeado em 2004 pelos
Houthis; e as revoltas dos independentistas do
Movimento do Iêmen do Sul.
Porém, a crise iemenita se intensificaria com a
Revolução Iemenita de 2011-2012, ocorrida como parte dos grandes protestos da
Primavera Árabe, que expulsou o regime ditatorial de
Ali Abdullah Saleh do poder. Depois que Saleh deixou o cargo no início de 2012 como parte de um acordo mediado entre o governo iemenita e grupos de oposição, o governo liderado pelo ex-vice-presidente de Saleh,
Abd Rabbuh Mansur Hadi, se esforçou para unir o cenário político turbulento do país e afastar as ameaças dos militantes tanto da
Al-Qaeda na Península Arábica como dos
Houthis que estavam travando uma insurgência prolongada no norte durante anos. Em 2014, os combatentes Houthis invadiram a capital
Sanaa e forçaram Hadi a negociar um "governo de unidade" com outras facções políticas, enquanto a capital estava sendo alvo intensivo de operações terroristas da al-Qaeda. Após negociações com outras facções, como a fracassada com o
Al-Islah sunita, os rebeldes continuaram a colocar pressão sobre o debilitado governo até que, após seu palácio presidencial e residência privada ficarem sob o ataque do grupo militante, Hadi renunciou junto com seus ministros em janeiro 2015, o que foi rejeitado pelo parlamento iemenita. No mês seguinte, os Houthis, declararam-se no controle do governo, dissolveram o Parlamento e instalaram um
Comitê Revolucionário interino liderado por
Mohammed Ali al-Houthi, primo do líder Houthi
Abdul-Malik al-Houthi. No entanto, Hadi fugiu para
Áden, onde declarou que continua sendo presidente legítimo do Iêmen, proclamou capital provisória do país, e apelou aos oficiais do governo leais e membros das forças armadas para se unirem a ele.