As raízes do conflito remontam à era colonial portuguesa e a
guerra colonial e têm a sua origem na exigência de que província ultramarina de Cabinda deveria ser uma república independente. A FLEC inicialmente combateu entre os anos de
1963 a
1974-
1975 contra o governo colonial português tendo em vista a independência. Segundo a FLEC, Cabinda nunca foi parte integrante da Angola Portuguesa e não possuía ligações administrativas, laços geográficos ou históricos com Angola. Supostamente, após o
25 de Abril de 1974, Cabinda terá sido anexada no âmbito das negociações do
acordo de Alvor, que conduziria à independência de Angola, onde foram intervenientes os três principais agrupamentos políticos do país na época: o
MPLA, a
UNITA e a
FNLA . Um dos signatários, posteriormente primeiro ministro português (a partir do Outono de
1975),
José Baptista Pinheiro de Azevedo, disse que o documento era um pedaço de papel sem valor . Excluída das negociações, a FLEC, passou a dirigir a sua luta contra os angolanos. A partir dessa época, a posse do enclave de Cabinda tem sido reivindicada pelos independentistas que desencadearam uma actividade de guerrilha protagonizada por várias facções . Os recursos petrolíferos de Cabinda são enormes representando 60 por cento das reservas do petróleo de Angola, o que contribuíu para a persistência do conflito.
Desde então, um conflito latente manifesta-se no enclave, um dos mais antigos em
África. Em
2006, foi assinado um acordo de paz, embora os signatários da FLEC não tivessem permissão comprovada para fazer tal acordo. O conflito irrompeu novamente na primavera de
2010, quando os guerrilheiros
atacaram um maxibombo com os jogadores de futebol de
Togo, o que levou os líderes de Cabinda no exílio a pedirem desculpa . Na sequência desse episódio, foram feitas várias detenções, contestadas por organizações da sociedade civil de Cabinda e internacionais de defesa dos direitos humanos, como a
Human Rights Watch .