O
Condado de Soissons foi um feudo do
Reino de França que existiu desde finais do século IX no Noroeste de
França, nas regiões à altura chamadas de Vermandois e
Brie. Deriva o seu nome da maior e principal localidade do feudo: a vila de
Soissons, nas margens do
rio Aisne, que hoje se insere na região francesa da
Picardia. O Condado devia grande parte da sua importância à sua localização geográfica: era ponto de passagem de rotas comerciais e importante localização estratégica a apenas 100 km de
Paris. Uma das regiões mais ricas de França na
Idade Média, o seu brilho esbateu-se durante o século XVI devido às Guerras Religiosas. A região foi saqueada por
Carlos V em
1544 e pelas forças
Huguenotes em
1565.
O primeiro conde de Soissons foi
Herberto II de Vermandois, um grande senhor feudal na Picardia, descendente de
Carlos Magno. O Condado foi governado por inúmeras famílias que o foram herdando aos longo dos séculos. Esteve sempre sujeito à vassalagem do , mas durante grande parte da
Idade Média os seus senhores foram praticamente independentes. Com a centralização régia e o fim do sistema feudal no advento da
Idade Moderna, os Condes de Soissons tornaram-se
de facto sujeitos da mercê real. A relação entre os condes e a região geográfica que dera origem ao título esbateu-se pela ausência destes em Paris. Acabou por ser cedido ao Príncipe Real, o
Duque d'Orleães, em
1734 com a morte do último titular Eugénio João Francisco de Saboia sem descendência, pela tia deste último Maria Ana Victória de Saboia. O Condado só seria formalmente dissolvido com a
Revolução Francesa em
1789.